Apesar do sol que hoje nasce, minha alma permanece escura,
sem alento, sem repouso, sem caminho.
Tento procurar trilhas, desvios, a luz, em vão, tudo parece longe, tão longe.
Espero por um milagre, o milagre da esperança, do renovo, da satisfação.
As forças foram, o brilho esvaiu-se, a certeza já não existe,
E a fé, inacessível.
O que buscas, oh angústia? minha vida, meus sonhos...
Nada mais tenho, a não ser um vazio.
Até o amor que era meu tudo
deixei escapar por entre meus dedos.
Já não mais sou, Será que fui?
Tantos caminhos frustrantes, dolorosos e tristes,
por culpa de um elo que não foi quebrado.
E agora pago.
O inferno está presente!!! (Ainda dizem que ele mora distante)
Necessito fazer uma viagem lenta e demorada
aos confins do meu entendimento,
para resgatar o momento do elo, e quebrá-lo.
Dar um novo sentido as possibilidades
que estão imperceptíveis ao meu olhar.
Só assim terei a oportunidade de ver o sol,
de me ver, de sonhar, de lutar, e achar que posso.
Por que demoro? Encontro desculpas sutis para esse organizar.
Por medo? Pela dor? Pela certeza da responsabilidade, certamente.
Pois passei a ser dona do meu eu
das minhas escolhas, dos meus erros,
de minha ética, de minhas palavras, atitudes e posturas.
Quanto eu perdi por não enxergar,
por o outro ser eu, e eu ser ele...
sem autonomia e liberdade.
Preciso fugir desse destino, mudar essa história,
dar um sentido a existência das cores.
Viver aquilo que o mundo conspirou para que eu recebesse: O céu.
Com isso, oh angústia, terás cumprido o seu papel,
de balançar minhas estruturas e agitar minha estrada.
Serei mais confiante, segura e eu,
e porei um fim, nessa tristeza infindável que se apossou da minha mente e coração.
Viverei plenamente e eternamente.
Apenas preciso ver o sol.
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